segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sanmartini: “Ciro Gomes começa a dizer ao que veio”


Sanmartini: “Ciro Gomes começa a dizer ao que veio”

Publicado por Adriana Vandoni em 7/02/2010 às 11:00 hs. Acompanhe as respostas pelo  RSS 2.0.
charge clayton38(Giulio Sanmartini) Ciro Gomes (PSB-CE) resolveu chutar o pau da barraca e na sexta feira passada deu uma demonstração que sua paciência tem limites e estes chegaram.
Ciro tem um belo passado político, não é um é Mané qualquer, como estão querendo tratá-lo. Em quase 30 anos de carreira política, foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, nomeado para resolver a crise Rubens Ricupero. Candidato 2 vezes à presidência da República. Em 1998 com 7,5 milhões de votos ficou em 3° lugar atrás de Fernando Henrique e de Lula e em 2002 com 10 milhões, ficando em 4° depois de Lula, Serra e Garotinho. No primeiro governo Lula foi ministro da Integração Nacional até 2006 quando deixou o cargo candidatando-se a deputado federal e obtendo a maior votação proporcional do país com 16% de eleitores de seu estado.
De Ciro pode-se dizer muita coisa desabonadora, que seja intempestivo, que seja desbocado, mas até agora ninguém se arvorou e questionar sua honradez, ninguém o disse corrupto ou conivente com o peculato.
Ele se encontra em momento decisivo para a sua carreira, haja vista que completará 53 anos e está no limbo.
Lula dentro de sua visão míope, imaginou que o tinha na mão e poderia fazer com ele como faz com todos os subservientes que o cerca: chupar a laranja e jogar o bagaço fora.
Com Ciro ele está caindo do cavalo, basta ver suas últimas e contundentes  afirmações. “Não tenho nada contra alianças, muito menos contra a do PT com o PMDB. A minha questão é outra: repito que tipo de cimento, quais são as bases dessa aliança de desiguais? Alhos com bugalhos, gato, sapato, ouro diamante, galinha, cachorro, pena, tudo misturado como estamos hoje? Para o quê? Para reformar o país?”, outra ainda mais forte: “O PT acostumou a tratar os parceiros como bucha de canhão. Por exemplo, o PCdoB é feito de gato, rato e sapato. Hoje não tem direto a absolutamente nada – acrescentou ele, ressaltando que o mesmo não aconteceu com o PSB porque o presidente da legenda não permitiu”.e completou  “O PT trata seus aliados como força subalterna, como chiqueiro de ovelha.”
E ratificou, mais uma vez, a intenção de manter a postulação à presidência:
- Minha candidatura apresenta um projeto de futuro e uma proposta ética.Só se meu partido decidir, vou para casa, a firmou, lembrando que sua candidatura é uma proposta ética, de “limpeza moral e desenho de futuro”.
Para esclarecer minha posição aos leitores, vou contar algo que aconteceu outro dia aqui em Belluno. Conversava com um emigrante brasileiro vindo do Ceará e disse a ele sobre Ciro Gomes o que acabei de escrever, aí ele me perguntou: “Então no Brasil você votaria em Ciro Gomes?” Disse-lhe que não pois Ciro é maluco, ao que o outro retrucou: “Mas você é maluco também”, “Certo – respondi-lhe e acrescentei – mas eu não quero ser presidente do Brasil”.
(*) Texto de apoio: Letícia Lins

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