quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PARQUÍMETROS.




  • Vejam a reportagem que saiu no Pioneiro sobre a empresa de estacionamento em Caxias. Aqui em Bento os problemas também existem. 













    10/02/2010 | N° 10658

    MIRANTE | ROBERTO NIELSEN (INTERINO)









  • UMA ENTREVISTA CONTUNDENTE

    Ojornalista Evandro Fontana, da Rádio São Francisco AM, entrevistou ontem uma ex-monitora da empresa Rek Parking, que administra o estacionamento pago no Centro de Caxias, um serviço concedido pela prefeitura. Confira trechos:

    Evandro Fontana: Você pode nos relatar como é o trabalho no Zona Azul?

    Ex-monitora: Há uma pressão muito grande em cima das monitoras. Se tu não fizesse o número certo de multas ou não fizesse o número certo de notificações, ficasse muito tempo sem dar uma notificação, eles te humilhavam. Podia estar na rua ou na base.

    Evandro Fontana: Existe um número mínimo de notificações a serem aplicadas?

    Ex-monitora: Eles não podem utilizar a palavra cota. A gente não tem nada pré-estabelecido, mas se tu fizesse menos que 30, eles te esculachavam.

    Evandro Fontana: Quando vocês voltavam para a empresa, como que vocês eram repreendidas por causa do número baixo?

    Ex-monitora: Nas ruas, os supervisores pedem teu bloco para ver quantas multas tu deu. E quando tu chega lá, tem que preencher o fechamento de caixa e colocar quantas notificações tu deu. Daí eles te cobravam. O supervisou chegou ao absurdo de dizer bem assim: que o funcionário para ser bom tem que render no mínimo oito vezes o seu salário.

    Evandro Fontana: E como funciona a relação de vocês monitores com os fiscais de trânsito? Existe alguma relação direta?

    Ex-monitora: A gente tem que dar a notificação e já ligar para o supervisor, falar o endereço, e daí os supervisores ligam na hora para os fiscais. Eles vão lá e dão a multa deles, que é mais cara e tem pontos na carteira. Os fiscais também têm uma cota de multas para alcançar.

    Evandro Fontana: Isso de cotas dos fiscais de trânsito você ouviu falar ou tem certeza?

    Ex-monitora: O fiscal de trânsito me disse que tinha uma cota.

    Evandro Fontana: Essa pressão fez com que você saísse? Outros também estão saindo?

    Ex-monitora: Muitos! Ninguém aguenta, na rua tu é ofendida pelos usuários, que estão na razão deles. Não tem nenhuma tolerância, não tem nenhuma fiscalização com o objetivo de saber se aquelas multas foram reais. Ou seja, se deram os cinco minutos de tolerância.

    Evandro Fontana: O que mais?

    Ex-monitora: A quadra do Pompéia era a que mais dava notificação. Ai de ti se passasse meia hora sem passar por aquela quadra. Eles não consideram que é lá que tem emergência, que é lá que tem o pronto-socorro, a situação de cada usuário. Então é bem complicado. Tem meninas que, pela pressão, para atingir o objetivo dos supervisores, elas anotam a placa dos carros que passam na rua e dão a multa. E daí a via que fica no carro elas botam no lixo, ou então colocam como se o usuário tivesse se negado a receber e mandam a multa do mesmo jeito. São multas de um carro que não fez nada, que nem estacionado estava. Passou na rua, elas viram a placa e anotaram.

    Evandro Fontana: Há uma irregularidade na forma como os monitores são orientados?

    Ex-monitora: A gente é orientada a não dar tolerância nenhuma, a agilizar ou apressar a notificação e a cobrança dos R$ 13. Como tem gente que não paga, há mais pressão para a gente chamar o fiscal e botar a multa do fiscal em cima, porque daí é R$ 53,20 e três pontos na carteira. Há uma pressão para botar a tua notificação e para chamar o fiscal.

    A denúncia da ex-monitora é grave. Ela deve ser convidada a conversar com vereadores, com representantes do Ministério Público e com gestores da prefeitura, que, aliás, recentemente renovou a concessão da empresa Rek Parking. Algo deve ser feito.

    Postado por Luiz Fabris. 
    Fonte: Pioneiro







Um comentário:

  1. Aqui em Bento fui multado como estacionamento irregular. Estranhei muito por não ter recebido aquela multa via da multa que fica no veículo. Então, ao menos, surge a dúvida, será que aqui em Bento também acontece isso? Alias, uma funcionária da empresa de estacionamento me confidenciou que existe sim uma grande pressão sobre os funcionários. Se quer é lhes dado o troco para que o usuário possa adquirir a cartela com a funcionária. Será que isso é para dificultar a vida dos usuários? Existe parquímetro fechado a meses. Será que é para dificultar a vida dos usuários?

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